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Escândalo do MEC: ‘Só Milton Ribeiro pode dizer o que aconteceu’, diz atual ministro da Educação

Victor Godoy participou nesta terça (5) de audiência pública das comissões de Educação e Fiscalização e Controle da Câmara. Ex-ministro da Educação Milton Ribeiro é investigado por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas do MEC. Victor Godoy Veiga, novo ministro da Educação, em comissão da Câmara nesta terça-feira (5).
Alan Rones/Câmara dos Deputados
O ministro da Educação, Victor Godoy, disse nesta terça-feira (5) que apenas Milton Ribeiro, ex-ministro da pasta investigado por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas no Ministério da Educação (MEC), “pode dizer o que aconteceu” no caso chamado de escândalo do MEC.
A declaração foi dada durante uma audiência pública das comissões de Educação e Fiscalização e Controle da Câmara. O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, também estava presente.
Os ministros foram convidados a apresentar esclarecimentos sobre o suposto tráfico de influência e corrupção para liberação de re..

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Victor Godoy participou nesta terça (5) de audiência pública das comissões de Educação e Fiscalização e Controle da Câmara. Ex-ministro da Educação Milton Ribeiro é investigado por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas do MEC. Victor Godoy Veiga, novo ministro da Educação, em comissão da Câmara nesta terça-feira (5).
Alan Rones/Câmara dos Deputados
O ministro da Educação, Victor Godoy, disse nesta terça-feira (5) que apenas Milton Ribeiro, ex-ministro da pasta investigado por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas no Ministério da Educação (MEC), “pode dizer o que aconteceu” no caso chamado de escândalo do MEC.
A declaração foi dada durante uma audiência pública das comissões de Educação e Fiscalização e Controle da Câmara. O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, também estava presente.
Os ministros foram convidados a apresentar esclarecimentos sobre o suposto tráfico de influência e corrupção para liberação de recursos públicos no Ministério da Educação durante a gestão de Milton Ribeiro . O ex-ministro é acusado de priorizar pessoas indicadas pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura na distribuição de verbas da pasta (veja mais abaixo).
Escândalo do MEC: veja a cronologia do caso que levou à prisão de Milton Ribeiro e ao pedido de investigação contra Bolsonaro;
Godoy foi questionado pelo deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) se colocaria a “mão no fogo” pelo ex-ministro, em referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que disse colocar a “mão no fogo” por Milton Ribeiro no último mês.
“Minha relação com o ministro sempre foi de cordialidade, de respeito profissional. Espero que ele esclareça tudo o que aconteceu. Só ele pode dizer o que aconteceu. Meu secretário-executivo não acompanha 10% das minhas agendas, porque ele tem as agendas dele. Era exatamente a forma como eu trabalhava com o ex-ministro Milton", disse Godoy.
"Espero que ele esclareça tudo que aconteceu. Sempre tive com ele uma relação muito profissional, de cordialidade, nunca tendo ele me solicitado qualquer prática de ato irregular dentro do MEC”, afirmou o ministro, que antes do pedido de demissão de Ribeiro, em março, ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta, número dois na hierarquia do ministério.
Entenda o que levou à prisão de ex-ministro e ao pedido de investigação contra Bolsonaro
Presença incômoda
Nesta terça-feira (5), Godoy afirmou que ninguém no Ministério da Educação gostava da presença dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura dentro da pasta. No entanto, o ministro disse que falar que eles eram corruptos seria "outro passo”.
“A presença desses pastores, de fato, ninguém nunca gostou desse convívio, porque eles tinham um trato agressivo com alguns servidores, mas daí a dizer que eles eram pessoas corruptas, é outro passo”, disse Godoy.
Godoy disse ainda que eles não podiam pré-julgar os pastores antes do término das investigações.
Em depoimentos à CGU, que integram relatório final obtido pela TV Globo, servidores do ministério relataram que Gilmar e Arilton tinham total liberdade junto a Milton Ribeiro.
Segundo Godoy, o ex-ministro foi orientado a esperar a conclusão das apurações para receber os pastores dentro da pasta, mas voltou a recebê-los três meses após a primeira denúncia à CGU, em novembro.
“Ele tomou uma decisão que ele tem que esclarecer”, declarou o atual ministro da Educação.
Reuniões
Questionado por parlamentares sobre a sua participação em eventos com os pastores, o ministro da Educação disse ter participado de três audiências que ocorreram no auditório da pasta, em Brasília, e de uma reunião fechada com Milton Ribeiro e Arilton Moura.
“Participei de uma única reunião do ministro Milton Ribeiro com esse senhor Arilton, que foi justamente a reunião onde o ministro da Educação interpelou esse senhor Arilton a respeito das denúncias que estavam sendo encaminhadas à CGU", disse o atual ministro.
Ainda, segundo Godoy, na ocasião, Milton Ribeiro teria questionado o pastor: ‘Olha, ficamos sabendo disso. Isso procede ou não procede?', ao que Arilton teria negado e dito que "essas alegações estavam sendo feitas por opositores políticos".
Em maio, também em audiência na Câmara dos Deputados, Godoy afirmou que participou de três eventos públicos, mas que não participou de agendas privadas com os pastores.
“Eu não participava das agendas com os referidos pastores, e os assuntos porventura tratados entre eles e o então Ministro da Educação não eram de meu conhecimento”, disse Godoy a época.
Apurações paralelas
Também durante a audiência pública, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, afirmou aos parlamentares que, após o avanço das investigações sobre o caso, o órgão abriu outras duas apurações relacionadas ao esquema.
“A CGU conduz mais duas investigações internas. Uma tratando de pontos que foram identificados nessa primeira investigação [balcão de negócios do MEC]. Uma segunda, que trata mais especificamente de recursos do FNDE, toda a liberação de recursos nesse último ano e agora, para verificar se existe qualquer processo de liberação de recurso que tenha qualquer irregularidade", disse Rosário.
Segundo o ministro, ainda não há resultado sobre a auditoria.
"Até agora, não temos ainda o resultado dessa auditoria. Ainda não conseguimos afirmar se houve alguma ingerência dos pastores dentro do processo”, afirmou.
Escândalo do MEC
Milton Ribeiro é investigado pela participação em um suposto esquema de liberação de verbas no Ministério da Educação.
O Ministério Público Federal (MPF) sustenta que há indícios para que o ex-ministro seja investigado por corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
Em um áudio divulgado pelo jornal “Folha de S.Paulo”, o então ministro Ribeiro afirma, em conversa com prefeitos e pastores, que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), priorizava a liberação de verbas indicadas pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
Milton pediu demissão do cargo ainda em março. No último dia 22, foi preso pela Polícia Federal e, posteriormente, solto após decisão da Justiça Federal de Brasília.
*Sob supervisão de Beatriz Borges.
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