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Ataque aéreo a escola com desabrigados mata 50 na Etiópia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais de 50 pessoas morreram em um ataque aéreo sobre uma escola de Tigré, no norte da Etiópia, nesta terça-feira (5), informaram trabalhadores humanitários. O colégio abrigava pessoas deslocadas pelo conflito entre as forças do governo central e os rebeldes da região.

A contagem de vítimas é ainda pior para o escritório de relações externas do governo regional de Tigré, que informou serem 65 os mortos no atentado.

O ataque na cidade de Adi Daero parece ser um dos mais letais do conflito que já dura quase dois anos. O atentado aéreo anterior mais mortal ocorreu em janeiro deste ano, quando 59 pessoas foram mortas em um campo de deslocados na cidade de Dedebit, no noroeste, segundo o escritório de direitos humanos das Nações Unidas.

Sobreviventes do ataque desta quarta fugiram para a cidade de Shire, a cerca de 25 quilômetros de distância. Segundo eles, ao menos 70 pessoas ficaram feridas.

Até o momento, o governo do país não comentou o ataque.

Os combat..

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais de 50 pessoas morreram em um ataque aéreo sobre uma escola de Tigré, no norte da Etiópia, nesta terça-feira (5), informaram trabalhadores humanitários. O colégio abrigava pessoas deslocadas pelo conflito entre as forças do governo central e os rebeldes da região.

A contagem de vítimas é ainda pior para o escritório de relações externas do governo regional de Tigré, que informou serem 65 os mortos no atentado.

O ataque na cidade de Adi Daero parece ser um dos mais letais do conflito que já dura quase dois anos. O atentado aéreo anterior mais mortal ocorreu em janeiro deste ano, quando 59 pessoas foram mortas em um campo de deslocados na cidade de Dedebit, no noroeste, segundo o escritório de direitos humanos das Nações Unidas.

Sobreviventes do ataque desta quarta fugiram para a cidade de Shire, a cerca de 25 quilômetros de distância. Segundo eles, ao menos 70 pessoas ficaram feridas.

Até o momento, o governo do país não comentou o ataque.

Os combates na segunda nação mais populosa da África começaram em novembro de 2020 e deslocaram milhões de pessoas, empurrando porções consideráveis da região do Tigré para a fome e deixando um saldo de milhares de civis mortos. Naquele mês, o primeiro-ministro Abiy Ahmed enviou o Exército do país a Tigré para expulsar o governo regional, que vinha contestando sua autoridade há vários meses e que, segundo o Executivo, havia atacado bases militares.

As partes estavam em trégua há cinco meses, mas os conflitos recomeçaram no final de agosto, em um golpe nas esperanças de negociações de paz entre o governo central e a Frente de Libertação Popular do Tigré (TPLF), partido que controla a região separatista.

A disputa opõe o governo sediado em Adis Abeba, chefiado por Abiy Ahmed há quatro anos, e os insurgentes da TPLF -grupo que liderou a coalizão que governou a Etiópia de 1991 a 2018, numa fase marcada por autoritarismo e denúncias de corrupção.

Nesta quarta, o governo etíope anunciou ter aceitado um convite da União Africana (UA) para participar de negociações de paz com os rebeldes, neste fim de semana, na África do Sul, no que seria o primeiro diálogo formal entre os lados desde o começo da guerra. Tigré, contudo, ainda não confirmou se participará.

Olusegun Obasanjo, alto Representante da UA para o Chifre da África, liderará as negociações com o apoio do ex-presidente queniano Uhuru Kenyatta e do ex-vice-presidente sul-africano Phumzile Mlambo-Ngcuka, segundo a carta-convite.

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