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ALAGOAS

Área afetada por afundamento do solo em Maceió tem mais de 3 mil imóveis demolidos

Instabilidade na região se agravou após um tremor de terra em 2018 e mudou a geografia da cidade. Por causa do risco, foram desocupados mais de 14 mil imóveis em cinco bairros. Imóveis em bairros atingidos pela mineração deram lugar a imensas áreas abertas
Dos mais de 14 mil imóveis que foram desocupados nos cinco bairros afetados pela mineração em Maceió, 3.120 já foram demolidos. Enormes clareiras foram abertas nos locais onde antes existiam casas, estabelecimentos comerciais, escolas, prédios e até hospitais. A região foi afetada por um tremor de terra que mudou a geografia de Maceió e a vida de milhares de pessoas.
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Até domingo (19), a Defesa Civil municipal deve concluir a demolição de mais 28 imóveis. O trabalho está sendo executado no bairro do Pinheiro. Segundo o órgão, a demolição é preventiva.
Mais uma etapa de demolição no bairro do Pinheiro
Reprodução/TV Gazeta
“A gente percebeu que alguns deles [imóveis] já vêm com certo re..

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Instabilidade na região se agravou após um tremor de terra em 2018 e mudou a geografia da cidade. Por causa do risco, foram desocupados mais de 14 mil imóveis em cinco bairros. Imóveis em bairros atingidos pela mineração deram lugar a imensas áreas abertas
Dos mais de 14 mil imóveis que foram desocupados nos cinco bairros afetados pela mineração em Maceió, 3.120 já foram demolidos. Enormes clareiras foram abertas nos locais onde antes existiam casas, estabelecimentos comerciais, escolas, prédios e até hospitais. A região foi afetada por um tremor de terra que mudou a geografia de Maceió e a vida de milhares de pessoas.
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Até domingo (19), a Defesa Civil municipal deve concluir a demolição de mais 28 imóveis. O trabalho está sendo executado no bairro do Pinheiro. Segundo o órgão, a demolição é preventiva.
Mais uma etapa de demolição no bairro do Pinheiro
Reprodução/TV Gazeta
"A gente percebeu que alguns deles [imóveis] já vêm com certo recalque, com certas manifestações patológicas que apresentam possibilidade de colapso. A gente já ordena, já recomenda a demolição de forma preventiva", explicou o coordenador do órgão, Abelardo Nobre. O serviço é executado por uma empresa terceirizada contratada pela Braskem.
O trabalho de demolição começou em janeiro de 2022 e faz parte de um projeto elaborado pela Braskem, dividido em quatro etapas que vai da derrubada das construções até o plantio de vegetação na área. O projeto está incluído no Termo de Acordo Socioambiental firmado em dezembro de 2020 entre o Ministério Público Federal e a Braskem, com participação do Ministério Público Estadual de Alagoas.
O Mutange é o bairro onde o processo de demolição está mais avançado. Praticamente não se vê mais imóveis na encosta que antes era totalmente ocupada por casas e barracos. A preocupação agora é com o trabalho de recuperação da barreira por causa do período chuvoso que se aproxima.
Encosta do Mutange após demolição de imóveis
Reprodução/TV Gazeta
"Após a desocupação e a demolição de todas as construções, há que ser feita a recuperação daquela área. O aterramento, as intervenções necessárias, a cobertura vegetal, a parte toda de drenagem para que a área não venha colapsar. No cronograma de 2023 já é para estar praticamente concluída essa parte", explicou a procuradora da República, Niedja Kaspary.
Neste bairro não está prevista a reocupação humana, apenas será mantido seu estado natural com a vegetação nativa. Sobre a reurbanização das outras áreas, a procuradora explicou que cabe à prefeitura definir o que será feito.
"As demais áreas estão previstas no acordo para que o Plano Diretor, o Poder Executivo municipal quem vai decidir o destino da área. É o poder público quem vai decidir, não é a empresa, nem é o Ministério Público [Federal]", disse a procuradora.
Bairro do Mutange praticamente sumiu por inteiro
Reprodução/TV Gazeta
Desastre socioambiental causado pela mineração
O dano causado pela extração de sal-gema feita durante décadas pela Braskem é um dos maiores desastres socioambientais da história do país. A petroquímica diz que "vem adotando medidas com foco na segurança das pessoas e na busca de soluções para os efeitos do fenômeno geológico, em colaboração estreita com o poder público"
A Defesa Civil elaborou um Mapa de Linhas de Ações Prioritárias em que recomenda a realocação de mais de 14 mil imóveis e monitoramento constante das áreas com instabilidade, afetando cerca de 55 mil pessoas que foram obrigadas a deixar suas moradias e seus negócios. Mas ainda há quem resista nos bairros fantasmas que se formaram com a desocupação em massa, à espera de indenizações que consideram justas.
Entenda como a mineração provocou em Maceió a maior tragédia urbana do mundo
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