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Dona Lourdes II: naufrágio completa 2 anos e famílias ainda esperam por Justiça; movimento cobra transporte seguro para o Marajó

Tragédia que resultou na morte de 24 pessoas expõe questões sobre o transporte fluvial para o Marajó Colete salva-vidas do 'Dona Lourdes II', que foi naufragado.
Reprodução/TV Globo
Neste domingo (8), completa dois anos que a lancha dona Lourdes II, que transportava cerca de 80 passageiros do arquipélago do Marajó para Belém, naufragou próximo à ilha de Cotijuba resultando na morte de 24 pessoas. A tragédia expôs a precariedade do transporte fluvial na região, que, segundo a população marajoara, permanece crítica e sem perspectiva de melhorias desde aquele 8 de setembro de 2022.
A data também marca o anseio dos familiares das vítimas que aguardam pelo julgamento do piloto da embarcação, Marcos de Souza Oliveira, acusado pelo Ministério Público do Estado por crimes de homicídio e tentativa de homicídio. Por isto, familiares das vítimas farão um ato público no centro de Belém.
A manifestação está marcada para as 9h, em frente ao Theatro da Paz, na Praça da República.
A audiênci..

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Tragédia que resultou na morte de 24 pessoas expõe questões sobre o transporte fluvial para o Marajó Colete salva-vidas do 'Dona Lourdes II', que foi naufragado.
Reprodução/TV Globo
Neste domingo (8), completa dois anos que a lancha dona Lourdes II, que transportava cerca de 80 passageiros do arquipélago do Marajó para Belém, naufragou próximo à ilha de Cotijuba resultando na morte de 24 pessoas. A tragédia expôs a precariedade do transporte fluvial na região, que, segundo a população marajoara, permanece crítica e sem perspectiva de melhorias desde aquele 8 de setembro de 2022.
A data também marca o anseio dos familiares das vítimas que aguardam pelo julgamento do piloto da embarcação, Marcos de Souza Oliveira, acusado pelo Ministério Público do Estado por crimes de homicídio e tentativa de homicídio. Por isto, familiares das vítimas farão um ato público no centro de Belém.
A manifestação está marcada para as 9h, em frente ao Theatro da Paz, na Praça da República.
A audiência de instrução e julgamento de Marcos está marcada para o próximo dia 1 de outubro, no Fórum Criminal de Belém. Até agora ninguém sabe onde está a lancha, que foi retirada do fundo do rio e levada para lugar incerto.
Alguns sobreviventes foram resgatados por um pescador, que mora na ilha de Cotijuba.
Familiares de vítimas de naufrágio da lancha Dona Lourdes II farão novo protesto por Jutiça
Reprodução/TV Liberal (Arquivo)
Ao mesmo tempo em que a população de Cachoeira do Arari, Salvaterra e Soure espera por justiça, luta para conseguir que embarcações seguras façam a viagem entre a capital e a foz do Rio Camará, onde fica o principal porto da região.
“Nós continuamos numa situação ainda pior do que antes, porque o governo do Estado até hoje não autorizou a única empresa que entrou na rota para a foz do Rio Camará opere de maneira legal”, definiu Dário Pedrosa.
Ele é um dos coordenadores do movimento ‘Vidas marajoaras importam’, que luta, desde a tragédia com a Dona Lourdes II por transporte fluvial seguro.
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O g1 solicitou um posicionamento sobre a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transporte (Artran), Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) e para a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (antiga Secretaria de Estado de Transportes), mas nenhum deste órgãos respondeu ao questionamento sobre a situação do transporte fluvial para o Marajó.
Atualmente, as linhas fluviais entre Belém e Camará são feitas por lanchas que cobram de R$ 45 a R$ 65 a passagem.
“A zona rural de Cachoeira do Arari continua sem nenhum transporte oficial. A lancha que naufragou, ela saía da Vila Camará, em Cachoeira do Arari, e parava no porto da Foz do Rio Camará, em Salvaterra, onde ela pegou mais passageiros. Então, o governo até hoje não resolveu o problema da zona rural Cachoeira do Arari e de comunidades ribeirinhas que dependem de estar indo a Belém para receber até Bolsa Família”, pontuou Pedrosa.
Leia também: Comandante de lancha que naufragou em Belém é acusado de 24 homicídios e 62 tentativas
Uma lancha faz a linha Cachoeira do Arari / Belém, mas o trajeto dela não alcança as comunidades rurais e ribeirinhas, cuja população precisa se deslocar até a porto de Camará. A Dona Lourdes II fazia a viagem sem autorização dos órgãos competentes.
Considerando que o acesso do centro da cidade de Salvaterra e de Cachoeira do Arari para o porto na foz do Rio Camará é feito pelo transporte complementar de vans, que cobram até R$ 15 por pessoa, a viagem ‘ida e volta’ entre Belém e esta parte do Marajó custa pelo menos R$ 120, valor este que não está dentro da renda de muitas famílias marajoaras.
A única alternativa para pagar mais barato é fazer a travessia de balsa, mas o tempo de viagem é maior e linha é até o distrito de Icoaraci.
Em maio deste ano, os familiares das vítimas fizeram um ato público em frente ao Fórum Criminal de Belém, cobrando justiça. Relembre:
Protesto em Belém cobra agilidade no julgamento do naufrágio da lancha Dona Lourdes II
VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará em g1 Pará

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