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Carlinhos Brown afirma que ‘a música brasileira interessa ao mundo’

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O multi-instrumentista Carlinhos Brown, 59, está transbordando de alegria com seu mais novo projeto: compor a trilha sonora de “Orfeu Negro”, primeiro musical brasileiro na Broadway, nos Estados Unidos. A peça será uma adaptação da clássica peça “Orfeu da Conceição”, escrita em 1954 por Vinícius de Moraes.

A previsão é que o espetáculo estreie na temporada 2023-2024 com composições de Brown e da cantora americana Siedah Garret, 61, que assume esse desafio com ele. A dupla já havia trabalhado junto na música “Real in Rio”, assinada também por Sérgio Mendes e indicada ao Oscar de Melhor Canção em 2012.

“Eu estou muito feliz, sobretudo por estar ao lado da minha parceira Siedah Garret, pois já temos mais de 20 anos de parceria nos Estados Unidos. Isso é importantíssimo. A música brasileira interessa ao mundo e eu, como compositor, interesso à cultura estadunidense. Estou muito feliz e orgulhoso.”

Brown destacou que a estreia de um musical brasileiro na Broa..

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O multi-instrumentista Carlinhos Brown, 59, está transbordando de alegria com seu mais novo projeto: compor a trilha sonora de "Orfeu Negro", primeiro musical brasileiro na Broadway, nos Estados Unidos. A peça será uma adaptação da clássica peça "Orfeu da Conceição", escrita em 1954 por Vinícius de Moraes.

A previsão é que o espetáculo estreie na temporada 2023-2024 com composições de Brown e da cantora americana Siedah Garret, 61, que assume esse desafio com ele. A dupla já havia trabalhado junto na música "Real in Rio", assinada também por Sérgio Mendes e indicada ao Oscar de Melhor Canção em 2012.

"Eu estou muito feliz, sobretudo por estar ao lado da minha parceira Siedah Garret, pois já temos mais de 20 anos de parceria nos Estados Unidos. Isso é importantíssimo. A música brasileira interessa ao mundo e eu, como compositor, interesso à cultura estadunidense. Estou muito feliz e orgulhoso."

Brown destacou que a estreia de um musical brasileiro na Broadway vai se concretizar porque outros artistas abriram as portas antes, como Ary Barroso que teve a música "Rio de Janeiro" indicada ao Oscar, em 1945. "Tem coisas atrás da gente que estão abençoando essas portas que se abrem agora."

O artista revela que teve contato com a história de Orfeu e Eurídice ainda na adolescência, quando foi ao antigo cinema Jandaia, na Bahia, para assistir ao filme "A Dama da Lotação". Não pôde entrar porque não tinha idade, foi quando optou por "Orfeu Negro" (1959). "Fiquei intrigado ao assistir, porque me vi muito parecido com ele, na alegria de viver, no desejo de fazer música, e tudo mais."

Na década de 1990, Brown chegou a ser convidado pelo cineasta Cacá Diegues, 81, para fazer a trilha do filme "Orfeu" (1999) -outra adaptação da obra de Vinícius de Morais. Mas, por motivos que ele diz não lembrar, não pôde participar. "Cacá me disse: 'Fique, o pessoal se interessa pela música'.Terminamos então gravando [o álbum] Bahia Black e posso considerar que ali está um belo começo para uma nova versão de Orfeu."

Em abril deste ano, Brown reencontrou Diegues na posse do cantor Gilberto Gil, 79, na ABL (Academia Brasileira de Letras) e revelou a ele o convite para fazer a trilhar sonora de "Orfeu Negro" na Broadway, o que ninguém ainda sabia. "Ele me desejou boa sorte e disse 'você merece' e foram muitas alegrias reunidas nesta noite", diz Brown feliz também pela posse de Gil.
"É o que deixa isso ainda mais bonito. É que tudo sintetiza quando eu vou ver um Orfeu entrar na Academia de Letras, que é Gil, meu ídolo, mestre, ministro de Xangô, levando ali todos os sonhos. Ali era Orfeu!"

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