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Cineastas ribeirinhos: alunos de escola pública estreiam no cinema com documentário sobre o Festival do Açaí

Projeto Cinepesca, da Funbosque, incentiva alunos das ilhas de Belém no interesse pelo cinema, com oficinas sobre roteiro, fotografia e edição. Neste domingo, a garotada realiza o primeiro filme. Cineastas da floresta: alunos ribeirinhos de Belém participam de oficinas audiovisuais em projeto de Escola de Pesca
Divulgação
Comunidades das ilhas de Belém – que jamais tiveram um cinema para chamar de seu – começam a criar uma relação estreita com a sétima arte: crianças e adolescentes ribeirinhos de Jutuba, Viçosa, João Pilatos, Cotijuba, Arapiranga, Mosqueiro e Caratateua se preparam para seu primeiro filme. Eles vão roteirizar, filmar e editar um documentário sobre uma das manifestações mais tradicionais da região: o Festival do Açaí, que celebra a safra do fruto ícone da Amazônia e acontece neste domingo (15), na ilha de Viçosa.
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“Tou bem ansiosa. É a primeira vez que eu vou sair da escola para fazer um projeto. Eu vou participar, filmar desde a p..

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Projeto Cinepesca, da Funbosque, incentiva alunos das ilhas de Belém no interesse pelo cinema, com oficinas sobre roteiro, fotografia e edição. Neste domingo, a garotada realiza o primeiro filme. Cineastas da floresta: alunos ribeirinhos de Belém participam de oficinas audiovisuais em projeto de Escola de Pesca
Divulgação
Comunidades das ilhas de Belém – que jamais tiveram um cinema para chamar de seu – começam a criar uma relação estreita com a sétima arte: crianças e adolescentes ribeirinhos de Jutuba, Viçosa, João Pilatos, Cotijuba, Arapiranga, Mosqueiro e Caratateua se preparam para seu primeiro filme. Eles vão roteirizar, filmar e editar um documentário sobre uma das manifestações mais tradicionais da região: o Festival do Açaí, que celebra a safra do fruto ícone da Amazônia e acontece neste domingo (15), na ilha de Viçosa.
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“Tou bem ansiosa. É a primeira vez que eu vou sair da escola para fazer um projeto. Eu vou participar, filmar desde a preparação do festival. Quero conhecer bastante gente, aprender mais, compartilhar com os amigos”, diz, entusiasmada, Caline Almeida Santos, 18 anos, moradora do distrito de Outeiro. Ela, assim como dezenas de jovens ribeirinhos, participaram de oficinas e atividades de audiovisual desenvolvidas pelo projeto Cinepesca, responsável pela empreitada cinematográfica dessa garotada.
Jovens moradores das ilhas de Belém têm aulas de roteiro, filmagem, edição e fotografia
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O Cinepesca surgiu em 2015, na Casa Escola da Pesca, como projeto pedagógico de apoio, com o suporte de professores e da instituição, vinculada à Fundação Escola Bosque, localizada na ilha de Outeiro. A princípio, a escola foi concebida para proporcionar a formação de filhos de pescadores da região das ilhas com o propósito da redução da pobreza e a melhoria da gestão dos recursos naturais do município de Belém. Atualmente, os alunos são oriundos das mais diversas comunidades, desde as periurbanas, às insulares da grande Belém, aos assentamentos rurais, como, por exemplo, o Paulo Fonteles, situado na Ilha de Mosqueiro.
Idealizado pela professora Renata Aguiar, que durante as aulas de Arte, percebeu a carência de acesso ao audiovisual além da falta de salas de cinema na região insular de Belém, o Cinepesca promove oficinas de produção audiovisual que abordam desde o processo de roteirização, captura de imagem e som, decupagem e edição, pensando a criação cinematográfica enquanto acontecimento pedagógico.
“O Cinepesca é um projeto que promove reflexões horizontais de ideias a partir dos afetos que a linguagem audiovisual provoca: olho no olho, os alunos e suas vivências protagonizam a experiência, e as oficinas os instrumentalizam. O objetivo é difundir e democratizar a produção audiovisual de base comunitária, aumentando o repertório cultural e crítico desses jovens, e isso também constrói cidadania e fortalece as narrativas próprias das comunidades”, diz Renata Aguiar.
Democratizando o cinema: instrutor orienta jovens cineastas nas oficinas do Cinepesca
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Cineastas ribeirinhos
Durante o Festival do Açaí, os alunos irão participar desde os preparativos, filmando a véspera do evento, com entrevistas junto à comunidade e organizadores da programação. No dia do evento, irão documentar a atividade, para após, realizarem a etapa de edição e finalização do documentário.
“Filmar a festividade é uma maneira de valorizar esse que é um acontecimento cultural, social e econômico. Além de construir subsídio técnico para que os moradores dessas comunidades ribeirinhas se narrem a partir de seu modo de viver, construindo identidade, tendo como fio condutor o Festival”, diz Rosângela Amador, coordenadora do projeto.
O plano é que o filme seja lançado até o final deste ano e passe a circular em programações de cineclubes pelas comunidades, já que, além de investir na formação em audiovisual, o Cinepesca incentiva a criação de cineclubes na região, com formações em curadoria e programação cineclubista por meio de oficinas gratuitas.
Alunos assistem a sessões de filmes e participam de debates: construindo capacitação para gerir e implementar cineclubes
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A mostra de audiovisual de base comunitária vai circular por Jutuba, Viçosa, João Pilatos, Cotijuba, Arapiranga, Mosqueiro e Caratateua. As etapas da mostra terão as exibições de filmes seguidas de debates com o público, sempre mediado por professores e/ou convidados.
“As oficinas buscam promover a capacitação técnica para gerir e implementar cineclubes, organizando suas programações culturais com exibição e debate de filmes que façam sentido para a comunidade, escolhidos e debatidos pelos próprios alunos e comunidade escolar com assessoramento das professoras coordenadoras do Cinepesca”, explica Renata Aguiar.

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