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Covid-19: bairros vulneráveis registram mais mortes pela doença no 1º ano de pandemia em Juiz de Fora, mostra pesquisa da UFJF

Levantamento foi feito entre os meses de março e abril de 2020 pelo 'Grupo de Modelagem Epidemiológica da Covid-19'. Vista geral de Juiz de Fora, foto de arquivo
Prefeitura de Juiz de Fora/Divulgação
Uma pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) analisou, entre março e novembro de 2020, como o novo coronavírus se alastrou nas diferentes regiões de Juiz de Fora no 1º ano de pandemia da Covid-19.
De acordo com o levantamento, os bairros com um índice de vulnerabilidade social alta registraram maiores números de hospitalizações e mortes pela doença. O trabalho, realizado por integrantes do “Grupo de Modelagem Epidemiológica da Covid-19”, foi publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
Como foi realizado o estudo?
O estudo usou técnicas de análise espacial com modelos hierárquicos “bayesianos”, aplicados, principalmente, na análise de dados de pequenas áreas, como é o caso dos bairros do município.
Os pesquisadores Fernando Colugnati e Mári..

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Levantamento foi feito entre os meses de março e abril de 2020 pelo 'Grupo de Modelagem Epidemiológica da Covid-19'. Vista geral de Juiz de Fora, foto de arquivo
Prefeitura de Juiz de Fora/Divulgação
Uma pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) analisou, entre março e novembro de 2020, como o novo coronavírus se alastrou nas diferentes regiões de Juiz de Fora no 1º ano de pandemia da Covid-19.
De acordo com o levantamento, os bairros com um índice de vulnerabilidade social alta registraram maiores números de hospitalizações e mortes pela doença. O trabalho, realizado por integrantes do "Grupo de Modelagem Epidemiológica da Covid-19", foi publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
Como foi realizado o estudo?
O estudo usou técnicas de análise espacial com modelos hierárquicos "bayesianos", aplicados, principalmente, na análise de dados de pequenas áreas, como é o caso dos bairros do município.
Os pesquisadores Fernando Colugnati e Mário Nogueira, professores da Faculdade de Medicina da UFJF, explicaram que a maioria dos atuais estudos compara a situação epidemiológica de diferentes estados de um país ou entre diferentes localidades, fazendo assim uma análise mais geral.
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"O nosso trabalho explora dados de um município de médio porte, segundo a classificação do IBGE, relacionando os bairros da cidade, classificados a partir do Índice de Vulnerabilidade em Saúde (HVI, sigla em inglês), com os números de casos suspeitos, confirmados, hospitalizações e mortes pela doença", ressaltaram.
Foi firmada uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora, que compartilhou dados epidemiológicos sensíveis (que continham os locais de residência exatos dos pacientes) diretamente para os pesquisadores envolvidos.
Um termo de sigilo foi assinado entre as partes, garantindo assim que os pesquisadores utilizassem ferramentas de anonimidade dos dados recebidos para que a privacidade de todos fosse mantida.
Relembre o cenário epidemiológico
Entre março e novembro de 2020, o município de Juiz de Fora registrou 30.071 casos suspeitos de Covid-19, sendo 8.063 confirmações. Deste quantitativo, 1.186 pessoas precisaram ser hospitalizadas e 376 vieram a óbito.
O estudo dividiu o período em 3 momentos:
entre os meses de março e maio, foi observado um aumento exponencial no número de casos na cidade;
já entre junho e agosto, os casos continuaram em um patamar alto, reduzido entre os meses de setembro e novembro;
no final do último período, foi constatado outro aumento exponencial no nível de casos registrados.
Resultados
A partir da metodologia, foi possível concluir que as regiões urbanas de maior vulnerabilidade social apresentaram número menor de casos confirmados, mas ao mesmo tempo tiveram mais internações óbitos. Foi o caso da região Oeste, que abriga bairros como São Pedro e a Cidade Alta.
“O Índice de Vulnerabilidade em Saúde deixa claro que o acesso aos testes era muito mais difícil nos bairros com maior vulnerabilidade. Em meados de 2020, cerca de 60% dos testes eram realizados na rede privada, e não pela Prefeitura. Isso demonstra que, na verdade, existia uma falta de acesso a esses testes na rede pública, que é aquela que a maioria da população dos bairros com índices de vulnerabilidade mais baixos teriam acesso”, analisou os pesquisadores.
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