Segundo a polícia, antes de cometer o crime, a suspeita planejou cada detalhe e já havia realizado ameaças a Mirian Lira Rocha nas redes sociais. Dois irmãos morrem depois de terem comido um ovo de pásco envenenado Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, foi indiciada por matar dois irmãos com um ovo de Páscoa envenenado em Imperatriz, a 632 km de São Luís. Segundo a polícia, antes de cometer o crime, ela planejou cada detalhe e já havia realizado ameaças a Mirian Lira Rocha nas redes sociais. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Maranhão no WhatsApp De acordo com a Polícia, Jordélia utilizou contas falsas para intimidar Mirian, por não aceitar que seu ex-marido estava em um relacionamento com ela. Em entrevista ao Fantástico, Mirian revelou que recebeu mensagens ameaçadoras da esteticista. “Ela falava que eu ia pagar o preço, que era para eu sair enquanto era tempo”, contou. As mensagens enviadas por Jordélia deixavam claro seu descontentamento: “Família que tem promessa ninguém se mete. E quando faz isso que você está fazendo, paga o preço”, dizia uma das ameaças. As mensagens enviadas por Jordélia deixavam claro seu descontentamento Reprodução/ TV Mirante A polícia classifica o crime como uma vingança meticulosamente planejada. O objetivo de Jordélia era se vingar de Mirian, atual namorada de Antônio Alves Barbosa Filho, seu ex-marido. O Fantástico trouxe detalhes sobre o caso e mostrou o passo a passo da vingança. Confira no vídeo acima. Disfarce, entrega anônima: como foi a execução do crime Para pôr o plano em prática, Jordélia viajou quase 400 quilômetros do município maranhense de Santa Inês, onde mora, até Imperatriz. De acordo com a polícia, a escolha do período de Páscoa facilitaria o alcance do objetivo, pois a maioria das pessoas deseja receber um ovo de chocolate. Outro detalhe é que, como era um feriado prolongado de seis dias, ela acreditou que a polícia demoraria a agir, dando a ela a chance de fugir da cena do crime. Imagens de câmeras de segurança mostram Jordélia chegando para se hospedar num hotel em Imperatriz. Como disfarce, ela usava uma peruca preta. Em seguida, a esteticista vai até um supermercado, onde Mirian trabalha como operadora de caixa, e conversa com o gerente. Ela se apresenta como uma representante comercial e pede para oferecer uma degustação de chocolates, mas o gerente não autoriza. Jordélia decide, então, fazer a ação no pátio. A degustação seria apenas para os operadores de caixa. Segundo a polícia, era a primeira tentativa de envenenar Mirian, mas ela não participou da degustação. Sem sucesso, Jordélia colocou em ação o segundo plano. Imagens mostram ela comprando um ovo de Páscoa em uma loja de um shopping. De lá, ela voltou para o hotel e contratou um serviço de entrega para levar o chocolate até a casa de Mirian. Indiciamento Jordélia foi indiciada por duplo homicídio qualificado e por tentativa de homicídio. Com ela, foram encontradas perucas, além de chocolate granulado, que, segundo a polícia, foi usado para disfarçar o sabor do veneno. As investigações apontam que, no caso da tentativa de homicídio, ela agiu com dolo direto. Isso porque o envenenamento foi direcionado a uma pessoa específica, a Mirian. Para o Ministério Público, ela agiu por vingança, o que caracteriza crime por motivo torpe. Se condenada, a mulher pode pegar penas que variam de 12 a 30 anos de prisão por cada um dos crimes cometidos. A defesa de Jordélia disse que os fatos alegados serão devidamente esclarecidos em tempo oportuno, no processo judicial, e que ela nega ter praticado o suposto crime de envenenamento que lhe é imputado. Resultado da perícia Há suspeita de que o ovo recebido pela família estava envenenado. Reprodução/TV Mirante A Polícia Civil confirmou, que o ovo de Páscoa ingerido por uma mãe e dois filhos em Imperatriz, no Maranhão, continha chumbinho – um pesticida usado clandestinamente no Brasil para matar ratos. Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7 anos, morreram com cinco dias de diferença. A mãe deles, Mirian Lira, também passou mal e chegou a ser internada, mas já teve alta do hospital. A suspeita de ter enviado o chocolate, Jordélia Pereira, segue presa. A confirmação do veneno no ovo de Páscoa veio após um laudo do Instituto de Criminalística divulgado em entrevista coletiva. A polícia disse que o veneno estava no ovo, nos corpos das vítimas e no material recolhido com Jordélia quando ela foi presa. Com base no laudo pericial, a polícia concluiu o inquérito e deve indicar a suspeita por duplo homicídio e tentativa de homicídio por envenenamento. Contexto: De acordo com as investigações, Mirian Lira estava namorando há três meses com o ex-marido de Jordélia. Esse relacionamento teria motivado o crime. A Polícia Civil do Maranhão disse que Jordélia estava com ciúmes e queria se vingar do ex-marido. O corpo de Evelyn foi enterrado no dia 23 de abril, no cemitério Bom Jesus, em Imperatriz (MA), após falecer por complicações decorrentes de intoxicação. Segundo a equipe médica, a causa da morte foi choque vascular e falência múltipla de órgãos. A despedida foi marcada por fortes emoções entre familiares e amigos da adolescente. Além dela, o irmão, Luís Fernando, de sete anos, morreu cinco dias antes, poucas horas depois de comer o ovo envenenado. Corpo de adolescente que morreu após comer ovo de Páscoa supostamente envenenado é enterrado em Imperatriz Leiliane Araújo Quem é a suspeita presa Jordelia Pereira Barbosa, de 36 anos, foi presa na cidade de Santa Inês, na região do Médio Mearim. Reprodução Jordélia é mãe de um casal de filhos, uma criança e um adolescente, que teve com o ex-marido. Em um perfil em uma rede social, ela afirmar ser esteticista e possui um estúdio de estética em casa. A suspeita também frequentava uma igreja evangélica quando estava casada, segundo relatos de alguns fiéis, que disseram que o casal era problemático e vivia brigando, inclusive na porta da instituição religiosa. Jordélia foi presa em flagrante no dia 17 de abril e a prisão preventiva foi decretada durante a audiência de custódia um dia depois. Ela estava presa em Santa Inês, no Maranhão, mas foi transferida para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM). Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), Jordélia deve permanecer no presídio à disposição da Justiça durante as investigações.
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