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EDUCAÇÃO G1

Enem 2024: candidatos do Acre apostam em questões climáticas como tema da redação

Neste primeiro dia de provas, os estudantes devem responder 45 questões de linguagens, 45 de ciências humanas e suas tecnologias e escrever a redação. Portões abrem às 10h, horário do estado, e fecham às 11h. As provas começam a ser aplicadas às 11h30. ENEM 2024 – DOMINGO (3) – RIO BRANCO (AC): Candidatos do Acre apostam em questões climáticas como tema da redação do Enem 2024
Victor Lebre/g1
Meio ambiente, com enfoque nas questões climáticas, é a principal aposta de candidatos que irão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2024) neste domingo (3) nas escolas do Acre. Pelo menos 26.375 inscritos devem fazer o exame. Os portões abrem às 10h, horário do estado, e fecham às 11h. As provas começam a ser aplicadas às 11h30.
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O candidato tem até às 17h para responder 45 questões de linguagens, 45 de ciências humanas e suas tecnologias e escrever a redação neste primeiro dia. O estudante poderá sair com o caderno de questões nos últimos 30 minu..

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Neste primeiro dia de provas, os estudantes devem responder 45 questões de linguagens, 45 de ciências humanas e suas tecnologias e escrever a redação. Portões abrem às 10h, horário do estado, e fecham às 11h. As provas começam a ser aplicadas às 11h30. ENEM 2024 – DOMINGO (3) – RIO BRANCO (AC): Candidatos do Acre apostam em questões climáticas como tema da redação do Enem 2024
Victor Lebre/g1
Meio ambiente, com enfoque nas questões climáticas, é a principal aposta de candidatos que irão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2024) neste domingo (3) nas escolas do Acre. Pelo menos 26.375 inscritos devem fazer o exame. Os portões abrem às 10h, horário do estado, e fecham às 11h. As provas começam a ser aplicadas às 11h30.
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O candidato tem até às 17h para responder 45 questões de linguagens, 45 de ciências humanas e suas tecnologias e escrever a redação neste primeiro dia. O estudante poderá sair com o caderno de questões nos últimos 30 minutos que antecedem o término da prova.
Enem 2024: portões abrem às 10h nos locais de prova em Rio Branco neste domingo (3)
A estudante Clarice Almeida chegou com mais de uma hora de antecedência da abertura dos portões no Instituto de Educação Lourenço Filho (Ielf), na capital. Ela faz o exame pela primeira vez como treineira, mas diz que a ansiedade e o medo de perder a prova fez com que ela se adiantasse ao local.
"Eu ia passar no mercado antes, então eu falei 'não, vou ter que ir mais cedo'. E por mais que eu more perto [do local de prova], eu fiquei com medo de perder o horário, chegar atrasada e minhas amigas tudo falando que já estava saindo de casa, então eu decidi ir mais cedo", comentou.
ENEM 2024:
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GABARITO: g1 terá gabarito extraoficial e resolução comentada das questões do Enem 2024
ENEM 2024 – DOMINGO (3) – RIO BRANCO (AC) – Clarice Almeida chegou com mais de 1h de antecedência da abertura dos portões no primeiro dia do Enem no Instituto de Educação Lourenço Filho, em Rio Branco
Victor Lebre/g1
Ana Gabriele Marinheiro também chegou cedo, mas com 2h de antecedência, e aguarda a abertura dos portões da escola Humberto Soares, em Rio Branco. Ela comentou que já está com uma boa base de estudos para fazer a prova. Como aposta para a redação, ela acredita que será algo sobre questões climáticas ou adestramento de animais silvestres.
"Todas as vezes, quando eu vejo o pessoal falando sobre Enem, eu fico naquele desespero que muita gente chega atrasada. Então, eu preferi ir naquela ideia: 'é melhor chegar três horas antes do que 1 minuto depois'", frisou.
ENEM 2024 – DOMINGO (3) – RIO BRANCO (AC) – Ana Gabriele Marinheiro chegou com duas horas de antecedência da abertura dos portões no primeiro dia do Enem
Victor Lebre/g1
As mulheres são maioria, sendo 15.760 das inscrições, enquanto 10.615 que se inscreveram são homens. Os dados são autodeclaratórios e os percentuais foram estimados com base no Censo Escolar 2023 (edição mais recente da pesquisa com os resultados finais publicados).
Outra candidata que aposta em mudanças climáticas como tema da redação é a Kassiana Silva, de 19 anos. Ela chegou cedo no Colégio Estadual Barão do Rio Branco (CEBRB) e disse que estudou para a prova.
"No último dia eu ainda me dei uma revisada, então eu imagino que deve ser sobre fumaça. Estou terminando o ensino médio e quero tirar uma nota boa para alcançar o curso de direito", falou.
ENEM 2024 – DOMINGO (3) – RIO BRANCO (AC): Kassiana Silva, 19 anos, quer cursar Direito e chegou cedo no Colégio Estadual Barão do Rio Branco, no Centro da capital
Victor Lebre/g1
O estudante Ezequias Silva se preparou para o Enem 2024, também chegou cedo na Escola Humberto Soares, e diz que quer fazer medicina veterinária. Ele saiu da Cidade do Povo, no Segundo Distrito, para o local de prova que fica no Bosque. "Eu quero ser veterinário porque gosto muito de pets. A preparação foi boa, estudei em casa. Estou um pouco nervoso, mas eu vou conseguir", comentou.
Ezequias Silva faz o Enem 2024 pela primeira vez em Rio Branco e quer ser veterinário
Victor Lebre/g1
Dos mais de 26 mil candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Acre, Rio Branco concentra mais de 60% dos inscritos. Para conferir o documento, é preciso acessar a página do participante, utilizando o login gov.br (CPF e senha).
Assim como o Ezequias, o candidato João Paulo Amorim, de 36 anos, também faz o Enem pela primeira vez porque decidiu buscar um curso de nível superior.
Ele saiu cedo de casa, foi para o Terminal Urbano pegar o ônibus e quer tentar uma vaga para administração. "Faz seis meses [que me preparo]. Saí umas 8h30 de casa. Se der errado [caso o ônibus atrase] eu vou de moto, eu estou preparado, que aí dá tempo de resolver", complementou.
ENEM 2024 – DOMINGO (3) – RIO BRANCO (AC): João Paulo Amorim, 36 anos, faz o Enem pela primeira vez em Rio Branco
Victor Lebre/g1
'Estou indo pela fé de Deus'
A vendedora Claudia Lorrana Barros, de 21 anos, diz que não se preparou para a prova. Ela tenta uma vaga no ensino superior pela segunda vez no curso de direito.
"Não me preparei em nada. Muita correria e minha cabeça, pensando em mil coisas. Aí vou só pela fé de Deus mesmo. Que Deus me dê discernimento, sabedoria, e seja o que Deus quiser. Eu estou nervosa. Eu quero fazer com direito. Estou com meu lanchinho já, tomei café e estou indo pela fé de Deus", comentou.
ENEM 2024 – DOMINGO (3) – RIO BRANCO (AC): Claudia Lorrana Barros, 21 anos, tenta o Enem pela segunda vez e diz que não se preparou: 'só pela fé de Deus mesmo'
Victor Lebre/g1
Transporte em Rio Branco
Nove ônibus devem ser adicionados a frota de 52 veículos que normalmente circula aos domingos, totalizando 61 unidades fazendo os trajetos durante os dias de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, em Rio Branco.
Os veículos reservas devem estar a postos a partir das 7h, sendo três no Terminal Central, um no terminal de integração da Baixada, dois no terminal de integração do Tucumã/Universitário e três na garagem da operadora para serem usados caso haja aumento da demanda ou algum veículo precise ser substituído.
Confira como fica a divisão de veículos por linha nos dias de Enem
O horário de funcionamento do transporte público não vai ser alterado, seguindo das 5h às 23h30. Não haverá gratuidade no transporte público para os candidatos do Enem, sendo mantida apenas para as pessoas que já possuem esse benefício.
Sobre o Enem 2024
🖋️ O que levar no dia da prova:
RG ou outro documento oficial com foto (documentos digitais também são válidos);
Caneta esferográfica transparente com tinta na cor preta (leve pelo menos duas para o caso de uma falhar);
Cartão de confirmação de inscrição;
Lanche (ideal é levar alimentos que deem energia, como chocolates, castanhas e barras de cereal) e água em garrafa transparente (a embalagem não deve ter rótulo). O lanche poderá ser vistoriado pelo fiscal de sala.
Dica: Como são cinco horas e meia de exame, é recomendado que o candidato vá com uma roupa confortável e calçados que não o apertem.
🚨 Exemplos de documentos digitais de identificação que serão aceitos pelo Inep:
e-Título,
Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Digital; e
RG Digital.
O candidato deve apresentar o aplicativo oficial ao fiscal – capturas de tela não serão válidas. Após a entrada na sala de aula, o uso do celular continuará vetado.
🕐 Horários (fuso do Acre)
Portões abrem às: 10h
Portões fecham às: 11h
Prova começa às: 11h30
Aplicação da prova no 1º dia acaba às: 17h
Aplicação da prova no 2º dia acaba às: 16h30
Enem 2024: especialista dá dicas do que fazer nesta reta final
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Sisu 2025: inscrições começam 17 de janeiro; veja cronograma

Assim como em 2024, as inscrições do Sisu só serão abertas em janeiro. Programa usa as notas do Enem para aprovar candidatos em universidades públicas. As notas do Enem são utilizadas no processo seletivo do Sisu.
Mateus Santos/g1
As inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025 estarão abertas entre 17 de janeiro e 21 de janeiro, conforme edital publicado pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (26). O resultado da chamada regular será divulgado no dia 26 de janeiro.
Assim como em 2024, o programa terá apenas uma edição — só em janeiro, sem o processo seletivo que usualmente acontecia nos meses de junho ou julho.
Por meio dessa etapa única, os candidatos poderão usar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 para concorrer, em universidades públicas, a cursos cujas aulas começarão tanto no primeiro quanto no segundo semestre (entenda mais abaixo).
Tire suas dúvidas abaixo e veja o cronograma completo:
➡️Quem está apto a participar? Alunos que tenham ..

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Assim como em 2024, as inscrições do Sisu só serão abertas em janeiro. Programa usa as notas do Enem para aprovar candidatos em universidades públicas. As notas do Enem são utilizadas no processo seletivo do Sisu.
Mateus Santos/g1
As inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025 estarão abertas entre 17 de janeiro e 21 de janeiro, conforme edital publicado pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (26). O resultado da chamada regular será divulgado no dia 26 de janeiro.
Assim como em 2024, o programa terá apenas uma edição — só em janeiro, sem o processo seletivo que usualmente acontecia nos meses de junho ou julho.
Por meio dessa etapa única, os candidatos poderão usar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 para concorrer, em universidades públicas, a cursos cujas aulas começarão tanto no primeiro quanto no segundo semestre (entenda mais abaixo).
Tire suas dúvidas abaixo e veja o cronograma completo:
➡️Quem está apto a participar? Alunos que tenham feito o Enem 2024 e tirado nota acima de zero na redação. Treineiros não serão aceitos.
➡️Poderei escolher em qual semestre vou entrar na faculdade? Não. Caberá à universidade, por meio da ordem da lista de classificação de candidatos, selecionar quem estudará em cada semestre. A classificação é determinada pelo desempenho de cada participante no Enem 2024.
➡️O programa possui cotas? Sim, e funciona da seguinte maneira:
Todos os candidatos concorrerão, primeiramente, às vagas de ampla concorrência.
Caso não alcancem as notas nesta modalidade e façam parte de algum dos grupos de cotas (os critérios são de raça e de renda), aí, sim, entrarão na disputa pelo benefício.
Com isso, se uma pessoa autodeclarada preta, por exemplo, tirar uma nota mais alta que a exigida na ampla concorrência, será aprovada na "lista geral" e não tirará a vaga de um cotista com desempenho mais baixo.
➡️Qual o cronograma?
Inscrições: 17 a 21 de janeiro
Resultados da 1° chamada: 26 de janeiro
Matrículas: 27 a 31 de janeiro
Manifestação de interesse na lista de espera: 26 a 31 de janeiro
5 cuidados para tomar ao se inscrever no Sisu

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Bombou no g1: questão do Enem 2024 sobre média de notas tirou paz dos estudantes durante a prova; relembre

Aparente falta de dados em um enunciado de matemática assustou participantes da prova. Bastava, no entanto, que os números fossem substituídos por incógnitas (como 'a', 'b' e 'c'). Questão de matemática do Enem 2024 viraliza nas redes sociais
Reprodução/Redes sociais
Histórias curiosas, personagens divertidos e casos virais. Neste mês de dezembro, o g1 reconta reportagens que foram sucesso entre os nossos leitores ao longo de 2024. Hoje é dia de relembrar sobre a questão do Enem 2024 sobre média de notas tirou paz dos estudantes durante a prova.
Essa reportagem foi originalmente publicada em novembro.
Relembre
“Isso é conteúdo de faculdade!”, “Como você quer que eu saiba?” e “Cadê o resto [da questão]?”. Essas foram algumas das manifestações de revolta de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, no último domingo (10), diante de uma pergunta de matemática (⚪147 da prova cinza, 🟢155 da verde, 🔵137 da azul e 🟡164 da amarela).
Ela pedia qu..

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Aparente falta de dados em um enunciado de matemática assustou participantes da prova. Bastava, no entanto, que os números fossem substituídos por incógnitas (como 'a', 'b' e 'c'). Questão de matemática do Enem 2024 viraliza nas redes sociais
Reprodução/Redes sociais
Histórias curiosas, personagens divertidos e casos virais. Neste mês de dezembro, o g1 reconta reportagens que foram sucesso entre os nossos leitores ao longo de 2024. Hoje é dia de relembrar sobre a questão do Enem 2024 sobre média de notas tirou paz dos estudantes durante a prova.
Essa reportagem foi originalmente publicada em novembro.
Relembre
"Isso é conteúdo de faculdade!", "Como você quer que eu saiba?" e "Cadê o resto [da questão]?". Essas foram algumas das manifestações de revolta de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, no último domingo (10), diante de uma pergunta de matemática (⚪147 da prova cinza, 🟢155 da verde, 🔵137 da azul e 🟡164 da amarela).
Ela pedia que os estudantes calculassem a média no boletim de uma pessoa, sem que nenhuma nota fosse divulgada no enunciado. A única informação disponível era a seguinte: quando o "personagem" fez a conta, dividiu o total por 5, e não por 4. E, com isso, chegou a um resultado que era uma unidade menor do que o correto.
Segundo professores de quatro cursinhos ouvidos pelo g1 (Anglo, pH, Poliedro e Professor Ferretto), essa questão não estava entre as 10 mais difíceis da prova. O que provavelmente desestabilizou os candidatos foi a aparente (e ilusória) falta de dados.
Abaixo, veja a resolução feita por Rodrigo Serra, professor de matemática do Colégio Oficina do Estudante:
Questão sobre média de notas viraliza nas redes: 'cadê o resto da pergunta?'
🖊️ Resposta: B.

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A radical teoria pós-quântica, que tenta responder o que Einstein não conseguiu

A Física moderna é baseada em dois pilares: a física quântica e a teoria da relatividade geral. O problema é que ambos são incompatíveis. 'A última palavra ainda não foi dita', disse Einstein sobre uma das maiores questões da Física moderna
Getty Images/via BBC
“Uma nova moda surgiu na Física”, queixou-se Albert Einstein no início da década de 1930.
Essa “moda” era nada menos que a física ou a mecânica quântica. A sua mera existência colocou em perigo a teoria da relatividade geral, a maior criação de Einstein, publicada em 1915.
“Se isso tudo for verdade, então significa o fim da Física”, chegou a dizer o famoso cientista.
O ponto aqui é que a física quântica e a relatividade geral são incompatíveis.
Quase 100 anos se passaram e nenhuma das duas teorias cancelou a outra. Na verdade, ambas formam os pilares de todos os avanços da Física moderna.
💡A física quântica provou repetidamente ser a melhor explicação do comportamento das menores partículas do universo, como elétrons,..

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A Física moderna é baseada em dois pilares: a física quântica e a teoria da relatividade geral. O problema é que ambos são incompatíveis. 'A última palavra ainda não foi dita', disse Einstein sobre uma das maiores questões da Física moderna
Getty Images/via BBC
"Uma nova moda surgiu na Física", queixou-se Albert Einstein no início da década de 1930.
Essa "moda" era nada menos que a física ou a mecânica quântica. A sua mera existência colocou em perigo a teoria da relatividade geral, a maior criação de Einstein, publicada em 1915.
"Se isso tudo for verdade, então significa o fim da Física", chegou a dizer o famoso cientista.
O ponto aqui é que a física quântica e a relatividade geral são incompatíveis.
Quase 100 anos se passaram e nenhuma das duas teorias cancelou a outra. Na verdade, ambas formam os pilares de todos os avanços da Física moderna.
💡A física quântica provou repetidamente ser a melhor explicação do comportamento das menores partículas do universo, como elétrons, glúons e quarks que constituem os átomos.
💡Por sua vez, a relatividade geral, que é a moderna teoria da gravidade, provou ser a melhor descrição de tudo o que acontece em grande escala, desde o funcionamento do Sistema Solar e dos buracos negros até a origem do universo.
No entanto, elas permanecem contraditórias entre si. Ou seja, as regras da relatividade geral funcionam perfeitamente para as galáxias, bem como para tudo o que nos rodeia e é visível: uma árvore, um gato, uma pérola…
Porém, assim que analisamos o comportamento de algo tão pequeno como um átomo, tudo muda.
Os pesquisadores não conseguem nem usar a mesma Matemática para explicar uma teoria e outra.
De alguma forma, a natureza consegue fazer com que os dois sistemas coexistam — mas a Ciência ainda não fez o mesmo.
Para muitos, esta incompatibilidade é a maior questão sem resposta da Física.
Einstein e milhares de outros pesquisadores em todo o mundo procuraram criar uma teoria que unisse a física quântica e a relatividade geral.
É o que muitos chamam de "teoria de tudo", um nome tão atraente que virou título do premiado filme biográfico de Stephen Hawking, um dos renomados cientistas que tentaram — também sem sucesso — encontrar o "Santo Graal" da Física.
Agora, uma nova teoria propõe uma virada radical nesta charada secular.
Seu nome, porém, é menos mercadológico: ela é chamada de teoria pós-quântica da gravidade clássica e é liderada pelo físico Jonathan Oppenheim, do Instituto de Ciência e Tecnologia Quântica da Universidade College London (UCL), no Reino Unido.
Trata-se de algo tão revolucionário que mesmo alguns dos seus detratores reconhecem que essa é a primeira abordagem verdadeiramente original a surgir em pelo menos uma década.
Há mais de 100 anos vivemos num universo cujas bases foram estudadas e definidas por Einstein
Getty Images/via BBC
A quarta força fundamental
Embora possa parecer contraditório, um dos aspectos mais inovadores da teoria de Oppenheim é o termo "clássico" em seu nome.
Até agora, a abordagem predominante para resolver a incompatibilidade entre a física quântica e a relatividade geral envolve modificar o último sistema para ajustá-lo ao primeiro.
É o que os físicos chamam de "quantização", porque no final ela se converte numa teoria quântica.
"Quantizar" a relatividade geral faz ainda mais sentido se pensarmos que é algo que os cientistas já conseguiram fazer com as outras três forças fundamentais que governam o universo: a força nuclear fraca, a força nuclear forte e a força eletromagnética.
Mas eles simplesmente não conseguiram fazer o mesmo com a gravidade — e não foi por falta de tentativa.
"É um problema matemático muito difícil", contextualiza Oppenheim à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
"Mas também é conceitualmente complicado, porque essas duas teorias têm diferenças tão fundamentais que é muito difícil conciliá-las."
Ele explica: "Quase todas as tentativas assumiram que devemos 'quantizar' a gravidade. A minha sensação sobre a razão pela qual essa tarefa tem sido tão difícil é que talvez não seja possível e que apontamos para a coisa errada."
Por isso, o pesquisador e a equipe dele decidiram mudar o foco e "modificar um pouco, ou muito, a teoria quântica, para que esses dois sistemas possam se encaixar".
Na nova teoria, publicada em dezembro de 2023 nas revistas Nature Communications e Physical Review X, a relatividade geral continua a ser uma teoria não quântica, ou clássica.
A física Sabine Hossenfelder, do Centro de Filosofia Matemática de Munique, na Alemanha, que não fez parte da pesquisa da UCL, diz à BBC News Mundo que a ideia de Oppenheim "é muito legal".
"É muito raro neste campo ver nascer uma nova ideia", observa a especialista.
Hossenfelder fez parte de um comitê que revisou a teoria há seis anos e, embora a achasse interessante, considerou que ela era "muito especulativa, imatura e vaga".
"Tinha tantas pontas soltas que parecia que poderia falhar completamente, por isso fiquei muito impressionada quando vi o que saiu vários anos depois, porque abordava quase todos esses pontos levantados", diz ela, que esclarece com um sorriso "sempre ter algo a comentar e a observar".
Dois conceitos básicos e um 'inaceitável'
O tecido (quadriculado branco na ilustração), que representa o espaço-tempo, deformado por uma bola (em amarelo), que faz alusão a uma estrela como o Sol
BBC
Uma bola de menor massa (em verde) acompanha a curvatura do tecido quadriculado causada pela maior (em amarelo), como acontece com a Terra em relação ao Sol
BBC
Antes de seguir a explicação sobre a teoria de Oppenheim, é importante compreender o conceito básico da relatividade geral e uma das características da física quântica que mais perturbou Einstein.
O que Einstein fez para revolucionar a Ciência em 1915 foi definir a gravidade como "uma deformação do espaço-tempo".
A maneira mais fácil de compreender esse conceito é pensar em um trampolim onde colocamos uma bola pesada — por exemplo, uma bola de bilhar.
Quando uma coisa dessas acontece, o tecido afunda no local onde a bola está.
Agora, imagine jogar nesse mesmo trampolim uma bola mais leve (uma bola de gude), e tentar fazê-la girar na borda da curvatura do tecido relacionada ao peso da bola mais pesada.
O que acontece é que a bola de gude vai se mover em círculos cada vez menores, aproximando-se da bola de bilhar.
Segundo a teoria da relatividade geral, isso não acontece porque a bola de bilhar exerce sobre a bola de gude uma força de atração invisível, mas porque o formato do tecido — ou melhor, a sua deformação — a obriga a fazer essa curvatura.
Na teoria de Einstein, o espaço-tempo faz a mesma coisa de forma quadridimensional — de modo que a Terra gire em torno do Sol, por exemplo.
Oppenheim explica que, na teoria pós-quântica da gravidade clássica "o espaço-tempo se mantém como aquele tecido em que vivem as partículas quânticas, tal como Einstein concebeu".
O que muda é que o espaço-tempo incorpora o acaso da física quântica, característica que deu origem a uma das frases mais famosas de Einstein: "Deus não joga dados."
Einstein acreditava que faltava informação na "moda" da física quântica, mas o que décadas de estudos têm mostrado é que a aleatoriedade não se deve a um erro na teoria ou a uma falha nas medições, mas a uma característica inerente ao comportamento das partículas fundamentais.
Oppenheim e sua equipe unem a física quântica e a relatividade geral, tornando o espaço-tempo também inerentemente aleatório.
"Ainda temos essa aleatoriedade na teoria quântica, mas ela é mediada pelo próprio espaço-tempo", explica o físico.
Em outras palavras, o próprio tecido começa a apresentar oscilações aleatórias.
Isto é algo "inaceitável" para muitos dos seus colegas — e é provável que Einstein também pensasse o mesmo.
"A estrutura aleatória do espaço-tempo é o que, em certo sentido, lança os dados na teoria quântica", compara Oppenheim, parafraseando Einstein.
'Ganha-ganha'
"Cada vez que você propõe uma nova teoria, é preciso fazer uma série de verificações para ver se ela é consistente com as observações", explica Oppenheim.
"E é emocionante que esta teoria faz previsões que podem ser testadas experimentalmente."
"Ao levar em conta que esta teoria exige que o espaço-tempo tenha flutuações, podemos busca-las", acrescenta ele.
Para isso, os pesquisadores propõem medir o peso de uma massa com extrema precisão e verificar se ela é constante ou se apresenta certas oscilações.
Por exemplo, o Escritório Internacional de Pesos e Medidas, localizado na França, pesa rotineiramente um objeto que foi usado para criar o padrão mundial do que é hoje considerado exatamente um quilo.
Ao utilizar novas tecnologias de medição quântica, de acordo com a teoria pós-quântica da gravidade clássica, o peso do referido objeto deixaria de ser um quilo e se tornaria imprevisível.
"Se encontrarmos as flutuações, provaremos que a teoria é verdadeira e, se não as encontrarmos, conseguiremos refutá-la", diz Oppenheim.
"Isso é particularmente emocionante", confessa ele.
Mas há ainda mais coisas a descobrir.
Oppenheim entende que a nova teoria poderia responder a outra das grandes incógnitas da Física moderna: o que são a matéria escura e a energia escura.
Para entender a importância disso, é primeiro antes saber o que esses conceitos são (e não são).
Todos os planetas, estrelas e objetos cósmicos visíveis são feitos da chamada matéria normal. Juntos, eles representam cerca de 5% do universo.
Os 95% restantes ainda são um mistério — e por isso são chamados de matéria escura e energia escura.
Se nos estudos para verificar a nova teoria, as flutuações forem suficientemente intensas, elas "seriam candidatas muito fortes para o que pensamos ser matéria escura e energia escura", segundo Oppenheim.
"Isso explicaria 95% da evolução do Universo, o que representaria um grande impacto", complementa o pesquisador.
Por sua vez, Hossenfelder destaca que a equipe da UCL desenvolveu uma Matemática completamente nova para esta teoria e afirma que a mera existência desses trabalhos pode ser útil para outros fins.
Em suma, a história da Ciência está repleta de pesquisas que tiveram aplicações inesperadas.
O próprio Einstein, aliás, acendeu a centelha que levou à física quântica — a qual ele renunciou até o fim da vida.
"Se houvesse algo que pudesse confirmar que estas previsões são verdadeiras, isso seria muito interessante e certamente atrairia diversas pessoas para observá-las mais de perto", considera Hossenfelder.
Mas a teoria só foi publicada há um ano — e derrubar décadas de consenso científico baseados nos estudos encabeçados por Einstein não será fácil.
Hossenfelder é cética sobre a nova teoria — algo que, na opinião dela, a coloca numa posição de "ganha-ganha".
A cientista ganha se estiver certa no ceticismo dela. Mas também ganha se estiver errada, porque isso significaria que ela — e todos nós — testemunhamos em vida o nascimento de uma nova revolução da Física.
*Com reportagem de Max Seitz.
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