Voluntários vão construir casas para moradores carentes de Fernando de Noronha

Cerca de 30 voluntários Adra (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) devem vir a Fernando de Noronha para ajudar na construção de residências para os moradores carentes. A informação foi anunciada pelo presidente da Assembleia Popular Noronhense (APN), Antônio Carlos Nascimento (foto acima), na reunião realizada com a comunidade e o administrador da ilha, Plínio Pimentel, promovida no final de semana na Escola Arquipélago.
“Nós vamos realizar um mutirão em conjunto com a Administração da Ilha para acelerar os desmembramentos de terrenos e identificar os moradores necessitados de ajuda. Um assistente social vai identificar as famílias carentes. Nossa parceria com a Adra está sendo viabilizada pelo pastor Jurandir, que já passou pela ilha”, informou o presidente da APN, Antônio Carlos Nascimento.

O déficit habitacional é um dos maiores problemas de Noronha. “Nós também estamos tentando estabelecer um diálogo com o grupo Votorantim para que a área social daquele grupo nos ajude na construção dessas casas e ainda outras empresas de todo o Brasil. Além disso, queremos lançar uma plataforma na internet para arredar doação para a construção de residências, uma espécie de vaquinha virtual para que essas casas saiam do papel ainda este ano”, anunciou o presidente da Assembleia Popular Noronhense.

As primeiras residências devem ser construídas nos terrenos desmembrados pela Administração da Ilha no ano passado. A APN também fechou com o governo local a realização um mutirão para acelerar o desmembramento de outras áreas. Uma equipe da Diretoria de Infraestrutura chega à Noronha na próxima semana para dar início ao trabalho.

Cerca de 400 famílias estão inscritas no Programa Habitacional e esperam receber uma casa popular ou um terreno para a construção de residências. Muitos moradores relatavam as dificuldades que enfrentam, a espera supera os 10 anos em muitos casos. O administrador Plínio Pimentel explicou que as entregas de novos terrenos e casas estão suspensas temporariamente porque a Assessoria Jurídica avaliou que as concessões podem ser caracterizadas como crime eleitoral, uma vez que em 2018 serão realizadas eleições gerais.

“A minha intenção é fazer as entregas, a população espera por isso há anos. Nós fizemos uma consulta à Procuradoria Geral do Estado e ao Tribunal Regional Eleitoral para saber se é possível fazer as concessões. Eu me comprometo com a comunidade, esse assunto tem meu empenho pessoal para que a situação seja avaliada com toda atenção que a ilha merece. A concessão de um terreno não é uma benesse, é a única forma que o morador tem para em adquirir uma residência, isso é um diferencial, uma particularidade única no Brasil”, informou Plínio Pimentel (foto acima).
O administrador da ilha acredita que a resposta do questionamento deve ser dada nas próximas semanas, tanto por parte da Procuradoria quanto do TRE.