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Bolsonaro ganha mais de 150 mil inscritos após bloqueio do Telegram por Moraes

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou mais de 150 mil seguidores no Telegram, após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinar o bloqueio do aplicativo no Brasil.

Na sexta-feira (18), dia em que Moraes ordenou a interrupção do serviço, Bolsonaro tinha 1,089 milhão de inscritos em seu canal na plataforma. Nesta segunda-feira (21), o número já passa de 1,242 milhão.

Entre os principais nomes da política nacional, Bolsonaro é disparado o que mais faz sucesso nesta rede social.

Os canais de outros presidenciáveis, como Lula (51 mil inscritos), Ciro Gomes (19,7 mil) e Sergio Moro (5,8 mil), estão muito atrás no número de seguidores.

Moraes decidiu no fim da tarde deste domingo (20) permitir o funcionamento do Telegram no país após o cumprimento, pela plataforma, de determinações feitas por ele.

O ministro havia acolhido um pedido da Polícia Federal e determinado que plataformas e provedores de internet bloqueassem o funcion..

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou mais de 150 mil seguidores no Telegram, após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinar o bloqueio do aplicativo no Brasil.

Na sexta-feira (18), dia em que Moraes ordenou a interrupção do serviço, Bolsonaro tinha 1,089 milhão de inscritos em seu canal na plataforma. Nesta segunda-feira (21), o número já passa de 1,242 milhão.

Entre os principais nomes da política nacional, Bolsonaro é disparado o que mais faz sucesso nesta rede social.

Os canais de outros presidenciáveis, como Lula (51 mil inscritos), Ciro Gomes (19,7 mil) e Sergio Moro (5,8 mil), estão muito atrás no número de seguidores.

Moraes decidiu no fim da tarde deste domingo (20) permitir o funcionamento do Telegram no país após o cumprimento, pela plataforma, de determinações feitas por ele.

O ministro havia acolhido um pedido da Polícia Federal e determinado que plataformas e provedores de internet bloqueassem o funcionamento do Telegram.

A previsão era a de que o bloqueio começaria a valer a partir desta segunda. Na prática, com a revogação da decisão inicial, o Telegram não chegou a ser suspenso em massa.

O Telegram é visto como uma das principais preocupações para as eleições de 2022 devido à falta de controles na disseminação de fake news e se tornou também alvo de discussão no Congresso e no TSE para possíveis restrições em seu funcionamento no Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda que o magistrado promove uma "perseguição implacável" contra ele.

"Sabemos da posição do Alexandre de Moraes. É uma perseguição implacável para cima de mim. Tivemos momentos difíceis no ano passado, quando o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] julgou a possibilidade de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão por fake news", disse Bolsonaro, durante entrevista à TV Jovem Pan.

Na sexta, Bolsonaro classificou o banimento da plataforma de "inadmissível".

Nesta segunda, em declarações a jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a criticar a decisão de Moraes e a exclusão de conteúdos bolsonaristas. Ele disse que Moraes recuou após perceber que poderia ter sua decisão revertida pelo plenário do STF e classificou o bloqueio do Telegram como "um crime".

"Ou seja, o Alexandre de Moraes ia perder no plenário isso, aí ele resolveu recuar. Agora eu lamento você, ao tentar resolver alguma coisa, prejudicar todo mundo. Uma das causas dele [Moraes]: retirar do ar uma live minha no Telegram. Pelo amor de Deus! Alexandre de Moraes, quer que eu tire? Eu tiro, sem problema nenhum", disse Bolsonaro.

Amplamente usada pela militância bolsonarista, a ferramenta é hoje um dos desafios das autoridades brasileiras engajadas no combate à desinformação eleitoral.

Depois de meses ignorando diversos pedidos da Justiça do Brasil, o Telegram bloqueou, no dia 26 de fevereiro, três canais ligados ao influenciador bolsonarista Allan dos Santos. A ação é decorrente de uma determinação de Moraes.

Após ignorar decisões do próprio ministro do STF e tentativas de contatos de autoridades que atuam no combate à desinformação, essa foi a primeira ordem judicial brasileira cumprida pelo aplicativo.

Allan é investigado em inquérito de relatoria do ministro sob a suspeita de fazer parte de milícia digital que atua no ataque a instituições, como o Supremo.

A plataforma vinha escapando de ordens e pedidos de autoridades brasileiras, incluindo o STF, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e o MPF (Ministério Público Federal), que fazem tentativas de contato sobre demandas envolvendo publicações na rede social.

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