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Enem 2024: veja exemplo de redação sobre o tema ‘desafios para a valorização da herança africana’

Primeira prova acontece neste domingo (3) para mais de 4,3 milhões de candidatos. Folha de rascunho da Redação do Enem.
arquivo/g1
O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 é: “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.
Abaixo, veja um texto-modelo escrito pela professora de redação Carolina Brum, do Colégio e Curso AZ. (Antes, UM AVISO: o texto abaixo foi redigido somente a partir do tema divulgado pelo ministro da Educação.)
“Sankofa é um símbolo africano, representado por um pássaro de pescoço longo voltado com a cabeça para trás, que ressalta a necessidade de voltar ao passado para aprender e, em seguida, construir um futuro. Esse e diversos outros símbolos de mesma origem, apesar de sua extrema importância e conexão com a história nacional, não têm o devido prestígio no Brasil. Nesse sentido, é preciso analisar fatores governamentais e educacionais que contribuam para a desvalorização da herança africana na sociedade brasileira.
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Primeira prova acontece neste domingo (3) para mais de 4,3 milhões de candidatos. Folha de rascunho da Redação do Enem.
arquivo/g1
O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 é: "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.
Abaixo, veja um texto-modelo escrito pela professora de redação Carolina Brum, do Colégio e Curso AZ. (Antes, UM AVISO: o texto abaixo foi redigido somente a partir do tema divulgado pelo ministro da Educação.)
"Sankofa é um símbolo africano, representado por um pássaro de pescoço longo voltado com a cabeça para trás, que ressalta a necessidade de voltar ao passado para aprender e, em seguida, construir um futuro. Esse e diversos outros símbolos de mesma origem, apesar de sua extrema importância e conexão com a história nacional, não têm o devido prestígio no Brasil. Nesse sentido, é preciso analisar fatores governamentais e educacionais que contribuam para a desvalorização da herança africana na sociedade brasileira.
Em primeiro plano, percebe-se que há um viés político que colabora com o descaso com o legado africano no Brasil. Segundo a filósofa Djamila Ribeiro, “para pensar soluções para uma realidade, devemos tirá-la da invisibilidade”. No entanto, ao analisar o cenário de indiferença do governo brasileiro com o patrimônio africano, nota-se que o pensamento da autora não se concretiza na prática, já que há uma escassez de políticas públicas que enalteçam a herança, como museus e eventos que tratem sobre o aprendizado de assuntos referentes à África. Isso ocorre porque os governantes tendem a privilegiar assuntos de maior popularidade e visibilidade para sua manutenção política, o que afasta o país, cada dia mais, da possibilidade de concretização do princípio de Djamila.
Além disso, há um viés educacional responsável pela desvalorização desse legado. Em 2003, tornou-se obrigatório o ensino de cultura africana em todas as escolas do Brasil em caráter transversal. No entanto, mesmo com a obrigatoriedade, as instituições de ensino não respeitam a legislação. Esse descumprimento das normas oficiais ocorre, dentre outros fatores, devido à priorização de pautas curriculares que sejam correlatas aos exames e vestibulares. Consequentemente, os alunos têm acesso a conhecimentos básicos de origem africana nas aulas de história e geografia, tornando sua análise social eurocêntrica.
Torna-se evidente, portanto, que o problema é grave e exige medidas governamentais e educacionais. Para isso, o Ministério da Igualdade Racial, responsável pela construção de um ambiente étnico democrático, deve aumentar os investimentos em instituições responsáveis pela manutenção do legado africano por meio da consultoria de profissionais especializados em relações étnico-raciais a fim de tornar o Brasil um país responsável com a cultura ancestral. Ademais, as escolas devem colocar em prática a lei de ensino de cultura africana. Somente assim, o país poderá executar com sabedoria o ensinamento sankofa."
COBERTURA AO VIVO: acompanhe a correção da prova a partir das 18h30
GABARITO EXTRAOFICIAL DO ENEM 2024: confira a correção feita pelo Anglo
Confira o tema da redação do Enem em outros anos
Enem 2023 – "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”
Enem 2022 – "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil"
Enem 2021 – "Invisibilidade e Registro Civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil"
Enem 2020 – "O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira", na versão impressa; e "O desafio de diminuir a desigualdade entre regiões no Brasil", na digital.
Enem 2019 – "Democratização do acesso ao cinema no Brasil"
Enem 2018 – "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet"
Enem 2017 – "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil"
Enem 2016 – "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”
Enem 2015 – "A Persistência da Violência contra a Mulher na Sociedade Brasileira"
Enem 2014 – "Publicidade infantil em questão no Brasil"

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