SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Mark Ruffalo, 54, publicou nesta quinta-feira (9) no Twitter a foto de um caminhão com a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a mensagem pedindo para "não confiarem em Bolsonaro". Na publicação, ele marcou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, antes da reunião com o brasileiro.
"Caro presidente Joe Biden o homem com quem você está se encontrando hoje não respeita a democracia e ameaça consistentemente um golpe. Quando as audiências [na Cúpula das Américas] começarem lembre-se de ficar do lado da democracia", escreveu o ator no Twitter.
Vários internautas comentaram a publicação de Ruffalo dizendo que os Estados Unidos financiaram o golpe militar de 1964 no Brasil. Uma usuária da rede disse que não gosta do Bolsonaro, mas os Estados Unidos não deveriam se meter nos problemas da América Latina. "Os Estados Unidos apoiaram ditaduras aqui antes de dizer que éramos comunistas."
Outros fizeram piada com personagem Hulk, interpretado pelo ator em "Vingadores" (2012), publicando meme do super-herói destruindo um objeto. Um internauta comentou: "Você não gostaria de ver o Mark com raiva", escreveu marcando Biden no Twitter. Usuários da rede social também apoiaram o ator dizendo: "Fala mesmo, Mark".
Ruffalo é um dos atores de Hollywood que tem se posicionado contra o presidente brasileiro e fez campanha nas redes sociais pedindo aos jovens brasileiros que tirassem o título de eleitor "para derrotar Bolsonaro". Em seu perfil oficial do Twitter, o artista compartilhou em março deste ano ma mensagem de Anitta, 28, e reforçou a importância de votar.
"Em 2020, os americanos só derrotaram Donald Trump porque os eleitores usaram seus direitos democráticos, especialmente os jovens. Para derrotar Bolsonaro, brasileiros de 16 e 17 anos devem se registrar para votar nas próximas eleições. Eles têm até 4 de maio para fazer isso", escreveu Ruffalo na época.
Bolsonaro chegou na tarde desta quinta em Los Angeles, Estados Unidos, para participar da Cúpula das Américas e se reunir com o presidente americano. Desde que chegou, ele tem enfrentado protestos de ativistas ambientais cobrando informações sobre o paradeiro do jornalista inglês Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde o dia 5 de junho, no Vale do Javari, no Amazonas.
Caminhões foram estacionados em Los Angeles com a mensagens: "Bolsonaro ou democracia" e "Onde estão Dom Philips e Bruno Pereira?".