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Nova York: autor de tiroteio fez vídeos a falar em armas e saúde mental

O homem procurado após o ataque que ocorreu, nesta terça-feira (12), numa estação de metrô em Nova York, nos Estados Unidos, tinha vários vídeos no YouTube onde falava sobre saúde mental, raça, armas e nos quais criticava Eric Adams, prefeito de Nova York.

Frank R. James, que foi descrito pela polícia como “pessoa de interesse” no caso, disse nos vídeos, segundo o New York Post, que sofria de uma doença mental diagnosticada. No mês passado, o homem teria alertado para o fato de estar entrando na “zona de perigo”.

“Senhor prefeito, sou vítima do seu programa de saúde mental”, disse James, num longo vídeo, citado pelo mesmo jornal.

“Estou atualmente com 63 anos, cheio de ódio, cheio de raiva e cheio de amargura”, acrescentou, criticando também Eric Adams por falta de medidas para combater a situação dos sem-abrigo.

“Eric Adams, Eric Adams: O que está fazendo, irmão? O que está acontecendo com esta situação de sem-abrigo”, questionou, referindo-se depois ao metrô. “Todas os trens ond..

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O homem procurado após o ataque que ocorreu, nesta terça-feira (12), numa estação de metrô em Nova York, nos Estados Unidos, tinha vários vídeos no YouTube onde falava sobre saúde mental, raça, armas e nos quais criticava Eric Adams, prefeito de Nova York.

Frank R. James, que foi descrito pela polícia como “pessoa de interesse” no caso, disse nos vídeos, segundo o New York Post, que sofria de uma doença mental diagnosticada. No mês passado, o homem teria alertado para o fato de estar entrando na “zona de perigo”.

"Senhor prefeito, sou vítima do seu programa de saúde mental”, disse James, num longo vídeo, citado pelo mesmo jornal.

“Estou atualmente com 63 anos, cheio de ódio, cheio de raiva e cheio de amargura”, acrescentou, criticando também Eric Adams por falta de medidas para combater a situação dos sem-abrigo.

“Eric Adams, Eric Adams: O que está fazendo, irmão? O que está acontecendo com esta situação de sem-abrigo”, questionou, referindo-se depois ao metrô. “Todas os trens onde ia estavam cheias de moradores de rua. Foi muito mau, não conseguia nem ficar de pé. Tive de continuar mudando de carruagem”, indicou.

Nos vídeos em questão, o homem admitiu que tinha uma doença mental diagnosticada e apelidou os serviços de saúde mental de Nova York de “show dos horrores”.

“O que está acontecendo naquele lugar é violência”, alegou sobre uma instalação onde terá sido atendido.

“Não é violência física (…) mas o tipo de violência que uma criança experimenta na escola primária… que o faria pegar numa arma e atirar contra as mães”, afirmou.

Frank R. James abordou ainda questões raciais e falou sobre a invasão à Ucrânia, alegando que a guerra é a prova de que os negros são tratados com “desdém” na sociedade.

“Esses filhos da mãe brancos, é isso que eles fazem”, disse. “No fim de contas, eles matam e cometem genocídio uns contra os outros (…) É apenas uma questão de tempo até que esses filhos da mãe brancos decidam: ‘Ei, escute. Já é suficiente(…)’”, refere. “E o que vai fazer? Vai lutar. E adivinha? Vai morrer. Porque ao contrário do presidente da Ucrânia, ninguém te apoia. O mundo inteiro está contra você. E você está contra você. Então, por que deveria estar vivo é novamente a pergunta. Por que um negro deveria estar vivo neste planeta? Além de colher algodão ou cortar cana-de-açúcar ou tabaco”, continua.

O homem diz que as únicas respostas que encontra estão na violência e no crime.

“E então a mensagem para mim é: Deveria ter pegado numa arma e começado a atirar nos filhos da mãe”, afirmou.

Vale destacar que o tiroteio ocorreu durante a hora de pico, na estação de metro de Brooklyn. Um homem, com uma máscara de gás e vestido com um colete de construção civil, colocou fumaça num trem e começou a disparar indiscriminadamente contra pessoas na carruagem e na plataforma. As autoridades têm vindo, desde então, a encontrar várias provas, incluindo aquela que será a arma do crime, e continuam à procura do suspeito.

Pelo menos 23 pessoas foram hospitalizadas devido ao ataque.

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